BASILISCO VERDE
O Basilisco verde “basiliscus plumifrons”é um lagarto envolto em grande mitologia.
No seu nome cientifico basiliscus deriva da criatura mitica criada na idade média, não admira que depois dos Europeus descobrirem este lagarto no novo mundo o associassem a esta criatura mitológica. Plumifrons significa emplumado pelo seu aspecto munido de cristas e velas dorsais presentes no macho, curiosamente este lagarto vive em florestas outrora habitadas pelos Incas e Astecas que idolatravam “QUETZALCOATLE” a grande serpente emplumada que provavelmente deu origem ao seu segundo nome.
Existem outras 3 espécies de basilisco: o basiliscus basiliscus, basiliscus vittatus e o mais raro e menos conhecido o basiliscus galeritus. Das espécies descritas o basiliscus plumifrons é o mais belo e mais comercializado no mundo.
O basilisco vive na América central nas grandes florestas tropicais na vertente Atlântica. Vive nas árvores e mata mas sempre perto de corsos de água como rios e ribeiros, caça insectos quando é jovem passando para presas de maior tamanho como pequenos lagartos, pequenos roedores, crias de aves ou peixes de água doce já em adulto.
É um lagarto muito ágil e astuto chegando a correr sobre a água quando confrontado com algum perigo, os predadores deste animal são as cobras, aves de rapina e coatis assim como outros mamíferos predadores.
Este Iguanídeo em estado natural pode alcançar os 90cm mas em cativeiro raramente superam os 75cm, em baixo uma foto do meu casal, à esquerda a fêmea e à direita o macho, estes animais são activos e precisam de espaço para se movimentar, eles costumam ficar com feridas na ponta do focinho devido à fricção constante no vidro do terrário, isto é sinal de stress gerado pela falta de espaço no seu terrário daí a razão de se recomendar pelo menos 1.50 para um grupo de adultos.
Cuidados em Cativeiro:
Estes animais em cativeiro ficam ligeiramente diferentes dos seus irmãos que vivem em estado natural, mas quando saudáveis os machos adultos em cativeiro ficam com cores vivas, um olhar penetrante e com cristas muito imponentes que não passam despercebidos num terrário, são fáceis de manter e reproduzem-se com facilidade.
Em cima o meu terrário com um metro e meio de comprimento com um grupo de basiliscos, os animais estão no canto superior esquerdo.
O terrário para um grupo deve de ter pelo menos 1.40m de comprimento X 0.70 de largura e 1.50m de altura. No terrário devem de existir muitas plantas tendo em conta que é um réptil arborícola de floresta luxuriante. Podem ser utilizadas plantas artificiais pois contribui para um ambiente mais tranquilo para o animal além de serem mais resistentes que as naturais já que para estes animais não existe o perigo de as ingerirem pois são carnívoros.
Um terrário destas dimensões já é adequado para um pequeno grupo de um macho e duas fêmeas, um grupo deve de ser mantido com apenas um macho e com duas ou mais fêmeas de tamanho similar.
O gradiente de temperatura deve de rondar dos 28 a 32 graus de dia e á noite um pouco mais fresca com 22 a 26 graus.
Deve de ser colocada uma fonte no terrário para que os animais disponham de um ponto de água corrente, poderá também se possível borrifar duas ou três vezes ao dia o terrário mas essa água pode comprometer os valores de humidade na época seca do Verão.
As fontes devem de ser lavadas regularmente pois como a água está em circuito fechado é propensa a criar um nicho de micróbios e bactérias, não use produtos químicos para lavar as fontes apenas a temperatura mata tudo o que é indesejável, portanto água quente da torneira é o suficiente para resolver este problema.
A humidade é importante para estes animais já que por ela é determinada a sua saúde em geral, ciclo Anual e a sua época de reprodução. Estes animais devem ter um período de menor humidade simulando a época da seca no seu habitat natural, assim de Novembro a Março diminua o fotoperiodo para 9/10 horas de luz e apenas se deve de borrifar o terrário uma vez em dois dias mantendo a humidade a uns 60 %.
A partir de Abril até Outubro o fotoperiodo pode subir para 10/13horas de luz e aumentar a humidade relativa para pelo menos 80%, nestas condições os animais em estado natural são impelidos a reproduzirem-se, lembre-se de que tendo um grupo de jovens basiliscos com menos de um ano o jovem macho pode vir a acasalar com as fêmeas imaturas podendo colocar as jovens fêmeas em risco aquando estas põem os ovos e ainda não estão preparadas para tal podendo fazer bloqueio ovular ou ate mesmo a morte.
Em baixo um doa meus machos quando tinha 3 anos de idade.
ALIMENTAÇÃO:
A alimentação deste lagarto deve de ser o mais similar possível à do seu ambiente natural, assim em jovens devemos de alimentar os basiliscos com grande variedade de insetos como grilos, baratas, larvas de mório ou tenébrio e gafanhotos passando para pinkys quando estes animais estão com 6 meses e por fim em adultos podemos adicionar à sua alimentação peixe como gupies ou carpas pequenas, codornizes do talho cortadas aos bocados e ratos sub-dultos baixando assim a percentagem de insectos, todos estes alimentos devem de ser envolvidos com o pó multivitaminico para complemento alimentar principalmente com as crias ou fêmeas em gestação.
Estes animais devem de ser bem alimentados, em jovens alimentados com insectos praticamente todos os dias, em adultos de dois em dois dias se possível.
Se estes animais não forem bem alimentados podem ficar com deformações em fase de crescimento ou comportamentos agressivos pois estes predadores podem atacar qualquer animal que possa lhes caber na boca.
Em baixo um Anolis equestris, espécie compatível que partilha o terrário com os meus basiliscos.
Comportamento / Compatibilidade
O comportamento destes animais para com o dono é diferente do de um dragão barbudo ou outro reptil mais calmo, no entanto com paciência podemos habituar esta espécie a vir comer à mão ou até manter-se na nossa mão como mostro na foto, tudo depende da nossa paciência e do individuo em questão sendo certo que em adultos são mais calmos que os juvenis, tenha cuidado com as unhas destes animais, poderá cortar as pintas por forma a não se arranhar, também convém ter cuidado na manipulação, principalmente se não tiver o habito de fazê-lo.
Em relação à compatibilidade, como já referi esta espécie não deve de ser mantida com animais menores em relação ao seu tamanho pois os menores podem ser repetidamente agredidos causando-lhes grande stress e consequentemente a morte ou sendo mordidos e estes ferimentos várias vezes serem fatais, inclusive estes animais podem-nos morder se molestados incorrectamente ou se forem animais que não estão habituados a serem manipulados, a sua dentada é dolorosa, no entanto tenho machos que são dóceis e não mordem ,tudo depende do individuo, da frequência do contato humano e a forma como se pega no animal em suma este lagarto não é tão amistoso como um dragão barbudo mas pode vir comer à nossa mão e ser pegado sem nos morder.
Vou relatar um dos temas mais polémicos na terrariofilia, apesar de muitos discordarem é possível manter com sucesso várias espécies num terrário grande com basiliscos, na condição destas espécies serem do mesmo tamanho ou um pouco maiores que os basiliscos todos eles podem viver pacificamente sem que hajam problemas.
O autor Ingo Kober, criador de basiliscos por varias gerações e autor de um livro sobre a espécie defende esta ideia desde que os animais sejam compatíveis em temperatura e humidade e que o tamanho seja similar ao dos basiliscos não existem problemas. O autor realça o geko tokay “geko geko” também útil para comer os insectos que escapam activos durante a noite assim como o anolis Gigante Anolis Equestris.
Segundo o autor também podem ser colocados sapos grandes como o “bufus marinus” para quem aprecia a espécie e tartarugas como a testudo. carbonaria, eu por exemplo tenho o meu grupo com um casal de anolis equestris e um trio de Tokays sem que nunca houvesse algum problema.
Um momento único, em baixo um casal de basiliscos a acasalar, abaixo dessa foto à esquerda uma ninhada de 6 basiliscos a nascerem e à direita uma ninhada de 12, à medida que a femêa fica maior põe mais ovos, as crias são rápidas desde do momento em que saem da casca, portanto deve de se ter cuidado para serem evitados acidentes como quedas ou esmagamentos.
O comportamento destes animais para com o dono é diferente do de um dragão barbudo ou outro reptil mais calmo, no entanto com paciência podemos habituar esta espécie a vir comer à mão ou até manter-se na nossa mão como mostro na foto, tudo depende da nossa paciência e do individuo em questão sendo certo que em adultos são mais calmos que os juvenis, tenha cuidado com as unhas destes animais, poderá cortar as pintas por forma a não se arranhar, também convém ter cuidado na manipulação, principalmente se não tiver o habito de fazê-lo.
Em relação à compatibilidade, como já referi esta espécie não deve de ser mantida com animais menores em relação ao seu tamanho pois os menores podem ser repetidamente agredidos causando-lhes grande stress e consequentemente a morte ou sendo mordidos e estes ferimentos várias vezes serem fatais, inclusive estes animais podem-nos morder se molestados incorrectamente ou se forem animais que não estão habituados a serem manipulados, a sua dentada é dolorosa, no entanto tenho machos que são dóceis e não mordem ,tudo depende do individuo, da frequência do contato humano e a forma como se pega no animal em suma este lagarto não é tão amistoso como um dragão barbudo mas pode vir comer à nossa mão e ser pegado sem nos morder.
Vou relatar um dos temas mais polémicos na terrariofilia, apesar de muitos discordarem é possível manter com sucesso várias espécies num terrário grande com basiliscos, na condição destas espécies serem do mesmo tamanho ou um pouco maiores que os basiliscos todos eles podem viver pacificamente sem que hajam problemas.
O autor Ingo Kober, criador de basiliscos por varias gerações e autor de um livro sobre a espécie defende esta ideia desde que os animais sejam compatíveis em temperatura e humidade e que o tamanho seja similar ao dos basiliscos não existem problemas. O autor realça o geko tokay “geko geko” também útil para comer os insectos que escapam activos durante a noite assim como o anolis Gigante Anolis Equestris.
Segundo o autor também podem ser colocados sapos grandes como o “bufus marinus” para quem aprecia a espécie e tartarugas como a testudo. carbonaria, eu por exemplo tenho o meu grupo com um casal de anolis equestris e um trio de Tokays sem que nunca houvesse algum problema.
Um momento único, em baixo um casal de basiliscos a acasalar, abaixo dessa foto à esquerda uma ninhada de 6 basiliscos a nascerem e à direita uma ninhada de 12, à medida que a femêa fica maior põe mais ovos, as crias são rápidas desde do momento em que saem da casca, portanto deve de se ter cuidado para serem evitados acidentes como quedas ou esmagamentos.
Basiliscos no exterior:
Assim como para a maior parte dos répteis é benéfico que vivam no exterior desde que as temperaturas sejam as adequadas à espécie, ao contrário das espécies que vivem num clima similar ao de Portugal como os lagartos cobra ou os lagartos de colar Americanos, o basilisco vivem num clima tropical em que as temperatutas não baixam dos 17/18 graus, ora no Inverno é impensável que estes animais vivam no exterior o ano inteiro.
Assim só poderão estar no exterior a partir dos dias soalheiros de Abril, eu coloco os meus em Abril / Maio conforme o Ano já que as noites podem ter temperaturas mais baixas do que os valores mininmos.
O viveiro exterior tem de ter as mesmas condições que o interior; pelo menos 1.4ocm, bastantes ramos e vegetação, uma grande banheira e comedouros, a tudo o que se tem num terrário exterior deve de ser acrescentado uma tela a cerca de 70% do terrário por forma a que estes animais tenham sobra garantida nos dias quentes de Verão, lembre-se que em Portugal as temperaturas podem subir acima dos 40 graus e estes animais no seu habitat natural não vivem a mais de 34 graus, assim a sombra e uma grande quantidade de água devem de estar disponíveis.
Como se vê na foto do meu terrário exterior a banheira deve de ser grande o suficiente para que o maior animal se banhe à vontade assim como a caixa para as posturas também deve de ter comprimento e profundidade suficiente.
REPRODUÇÃO:
A partir de dois anos de idade os jovens adultos já estão prontos para se reproduzirem, na foto em acima um macho adulto com uma das suas crias recén-nascidas, vejam a proporção de tamanhos!
Como já referi, antes de um ano não é aconselhável reproduzir os animais pois os seus organismos ainda não estão preparados para tal, assim para que um grupo de idade inferior não começar o processo de reprodução devemos de separar os machos das fêmeas.
Uma fêmea saudável coloca por norma de 2 a 4 posturas por ano dependendo da alimentação, tamanho e idade da fêmea em questão.
Após o acasalamento 45 a 60 dias depois a fêmea coloca de 6 a 12 ovos de cor branca que vão ficando amarelos ao longo da incubação. As crias nascem ao fim de 2 meses e meio conforme a temperatura da incubação.
Para começar as crias devem de ficar em grupo pois estimula o seu crescimento inicial, alimentando-se de pequenos insectos como grilos e gafanhotos sem que lhes falte a água, portanto aconselho o uso de uma banheira ou fonte pois os jovens também tomam banho com gosto.
Em geral o mantimento é similar ao dos adultos, use no terrário muitos ramos e plantas mesmo que sejam plásticas isso tornará o ambiente mais acolhedor para os jovens animais.
Em baixo na minha mão dois jovens basiliscos com 4 meses, nesta altura ainda é difícil distinguir os sexos com certezas pois só a partir de um ano de idade é que os machos começam a ficar com a crista, a vela e o leme maiores, no entanto com a minha experiência os machos começam por ficar nesta altura com um padrão mais claro com um tom azulado e as fêmeas com um tom mais escuro nas costas e com os flancos verdes, para terem uma ideia nas crias da foto o da esquerda revelou-se ser um macho e a da direita ser uma fêmea.
Na mesma foto no fundo também podem ver o respectivo terrário que tem relva artificial no fundo, ramos, plantas plásticas e uma fonte de agua corrente para que os animais possam beber e banhar-se, crie os basiliscos em grupos!
Se tiver um basilisco sozinho este crescerá mais devagar e poderá morrer de stress, no caso dos jovens deverão de ser separados os machos a partir de um ano de idade para evitar lutas e mortes.
Em baixo eu com os meus dois machos adultos que já têm 7 anos, apenas estiveram juntos por momentos para a fotografia, os basiliscos macho são muito territoriais e agressivos entre eles, assim não podem estar juntos no mesmo terrário, estes animais com um carácter único são uma espécie fundamental em qualquer colecção de répteis.