Descrição:
Lagarto Norte Americano que pode chegar aos 20-36 cm de comprimento (incluindo a cauda) , com uma grande cabeça e mandíbulas poderosas.
Em cima uma foto do meu Crothaphytus Collaris Wichitta já nascido em cativeiro.
A sua área de distribuição é vasta e vai do Missouri, Texas, Arizona até a estados mais a norte como Kansas, o biótipo onde se encontra mais frequentemente são as regiões secas e abertas e vivem no cimo de rochas nos prados e desertos, consoante a zona onde vivem estes animais desenvolveram sub espécies em que derivam ligeiramente no tamanho e na cor como o "crotaphytus collaris baileyi" o "crotaphytus collaris bicinctores" de cores mais modestas, o "crotaphytus collaris Insularis" ou "Crotaphytus collaris collaris" que é o mais indicado para viver no exterior o ano inteiro já que no seu habitat Natural os Invernos são similares aos do nosso país apesar de haver menos chuva.
Este pequeno lagarto alcança grandes velocidades que podem chegar aos 26 km por hora para caçar principalmente outros lagartos pelo que é um exímio predador e apanha tudo o que lhe caiba na boca desde grandes insectos, lagartos e até pequenos mamíferos como ratos.
Vivem em zonas em que no Verão as temperaturas podem alcançar os 44 graus e apenas recebem água das presas que capturam, o que faz do lagarto de colar um animal resistente.
A MINHA EXPERIÊNCIA:
No inicio comprei um casal de "crotaphytus collaris Insularis" (foto de cima à esquerda) que apesar de simpáticos não eram indicados para manter no exterior pois no seu habitat os Invernos não são tão rigorosos assim não têm a faculdade de hibernar.
Mais tarde, depois de conhecer melhor esta família constatei que poderia ter um grupo de lagartos de colar mais coloridos e mais adaptados ao exterior sem que dispusesse de terrários aquecidos para eles durante o Inverno mantendo esta espécie em estado semi selvagem no exterior o ano inteiro.
Assim adquiri um casal de "Crotaphytus collaris collaris" (foto de cima à direita) que apesar da mesma família é bem distinto do seu primo Insularis em termos de tamanho robustez e cor e mais bem adaptado ao nosso clima Português.
Assim no Outono os "Crotaphytus collaris collaris" escavaram uma toca e lá permaneceram até que as temperaturas Primaveris os despertassem de volta se bem que nos dias soalheiros saem por breves períodos para apanharem banhos de Sol, nesse período pouco comem e ficam mais lentos (Burmação), tudo correu como esperava, assim posso confirmar que para quem quer manter uma espécie de lagarto no exterior sem que esteja dentro de um terrário com ambiente artificial esta é uma boa opção.
O lagarto de colar não é exigente com o alimento, comem baratas dúbias, grilos, pinkys de rato e ocasionalmente tenébrios, outra coisa que devemos de ter em conta é que apesar de compatíveis com outras espécies, em cativeiro o lagarto de colar não perdeu o seu instinto predatório pelo que não é aconselhável mante-lo com outros lagartos que lhe caibam na boca, o ideal é viverem em casais com o mesmo tamanho, em cima o meu casal de crotaphytus collaris collaris ;macho à esquerda, fêmea à direita .
Em cima vemos parte do terrário exterior onde os tenho, tem 120cm de comprimento por 90cm de largura e 90cm de altura, eu tenho estes animais com a porta em cima tipo alçapão mas ainda assim há que ter cuidado sempre que a abrimos pois eles saltam alto e tentam subir pelas paredes pelos cantos, assim para evitar fugas nessa altura devemos de colocar quadrados de madeira nos cantos para impedir a sua fuga.
No terrário coloque também várias pedras, cortiça e ramos secos que instintivamente eles irão usar para subir para se colocarem na típica posição de vigia, as plantas vivas também dão um ambiente mais natural ao terrário coloque plantas de jardim que não precisem de muita manutenção em vasos com pratos de água por baixo.
Quando as temperaturas voltam a descer no Outono apesar deles continuarem no exterior eu coloco telhas de fibra para que não entre água lá dentro, isso também vai gerar um clima de estufa que dará uma temperatura mais alta que no exterior.
Em baixo uma foto do meu macho de "Crotaphytus collaris collaris" na minha mão.