Camaleão de Jackson:
Actualmente chamados de Trioceros Jacksonii dos quais existem pelo menos 4 subspécies neste grupo de camaleões.
Estes camaleões de montanha atingem os 25 a 35 cm de comprimento com a cauda em adultos consoante a subespécie.
O camaleão de Jackson é nativo das montanhas do Quénia, Tanzânia, Uganda e Ruanda foram importados em grande escala na década de oitenta onde acidentalmente foram introduzidos na Florida e Hawai e existem populações estáveis do trioceros Jacsonii Xantolopos.
Estes são animais de crescimento lento vivem em montanhas até aos 2.800 metros de altitude e estão intimamente adaptados a esse clima peculiar assim não suportam temperaturas muito altas e requerem muita humidade, temas que abordarei mais à frente.
Muito procurados pelo seu aspecto pré histórico de seus chifres no focinho estes animais são muitas vezes mantidos incorrectamente em cativeiro o que os faz encurtar consideravelmente a sua esperança de vida, contudo vou deixar aqui alguma informação para que se venha a reverter esta tendência lamentável.
O Terrário:
Estes camaleões não necessitam de muito espaço para viverem , contudo o espaço deles deve de ser rico em vegetação, de preferência vegetação viva, o terrário deve de ter pelo menos 60cm x 60cm com um metro de altura, para um individuo, caso tenha um casal os lados e comprimento terão de ter pelo menos 90cm.
Quanto às temperaturas como referi devem de ser baixas, eles precisam de noites frescas e húmidas como as das montanhas, assim em casa por mais frio que esteja no Inverno não se preocupe, eles domem bem com temperaturas até aos 8 / 10 graus sempre que possa deve de borrifar o terrário depois da luz desligar isto imitará o orvalho que eles recebem todas as noites e o hidratará, temperaturas nocturnas acima dos 18 graus não fazem o animal descansar devidamente pois em estado natural as temperaturas nocturnas não são tão altas.
De dia as temperaturas devem de rondar dos 18 aos 30 graus sendo certo que a partir dessa temperatura eles entrarão em stress térmico e poderão morrer, caso no Verão note que o seu camaleão de Jackson está muito fraco e claro é um sinal evidente que está a entrar em hipertermia, assim deverá de o recolher para um local mais fresco e borrifa-lo com água fresca a fim de lhe baixar a temperatura corporal, felizmente nunca me aconteceu.
O terrário interior deverá ter lâmpadas com o factor U.V e aquecimento, caso não tenha uma lâmpada de calor que tenha o factor U.V. terá de ter duas lâmpadas juntas no terrário.
Visto que estes animais não precisam de temperaturas altas as lâmpadas de aquecimento deverão de ter de 40 a 60 wats.
Além, das plantas abundantes o terrário deve de ter ventilação se bem que não é tão importante como nos camaleões do Yemen ou os Pantera, na verdade o vidro ajuda a reter a humidade mas lembre-se que a humidade em excesso não deve de ser constante ela deve de evaporar horas depois, caso contrário criará dermatoses e doenças de pele no seu Jackson.
Os ramos devem de ser vários em várias posições e em várias espessuras, como referi nas outras páginas que criei os ramos de laranjeira e sobreiro são muito bons, evite as resinosas como o Eucalipto e o pinheiro.
Como já aqui deixei a água é imprescindível para o bem estar do camaleão de Jacksoni, assim terá de borrifar ou colocar um sistema de goteio pelo menos uma vez por dia, estes animais não costumam beber água num prato pois não vêm a água parada, as fontes são uma boa alternativa desde que devidamente limpas.
Em baixo dois quadros com as espécies de plantas que poderá optar, evite plantas com folhas muito grandes, elas sujam-se e rasgam-se com facilidade e cobrem o terrário não deixando o camaleão circular nem apanhar luz.
Terrário no exterior:
Estes camaleãoes podem parecer sensíveis apenas para quem não tem conhecimento.
Na verdade nos 5 anos que mantenho estes animais têm-se revelado muito resistentes e tenho tido muito poucas perdas se comparar com os outros camaleões, eles são especialmente resistentes ao frio, adoram estar no exterior e como já referi noutras páginas além de pouparmos em energia eléctrica asseguramos que estes animais estejam muito melhor ao ar livre, não só pelo estimulo do ambiente exterior como também pela luz do Sol e não tarda até que vejamos estes animais a adoptarem o seu comportamento natural com cores mais vivas, a comer melhor e até a acasalar.
A partir de Março já os coloco nos exterior pois estes animais só não toleram as temperaturas baixas do Inverno, dias com 18 graus de máxima já são bons para estes animais assim como as noites com temperaturas acima dos 8 graus, assim só os meses de Inverno é que não são aconcelhavéis pois as noites de geada os matariam.
O terrário exterior deve de estar cheio de vegetação de folhas miúdas e muitos ramos, desta forma eles terão sempre alternativa de se esconderem seja por stress ou apenas para se refugiarem do frio ou calor, a chuva também não é problema já que estamos a falar de animais que suportam semanas de chuva intensa no seu habitat natural.
Contudo o calor é a maior preocupação, caso tenha os seus Jackson´s no exterior nas vagas de calor que se estendem de Julho a Agosto devemos de ter atenção redobrada, quando as temperaturas ultrapassam os 32 graus, nessa altura os arbustos do terrário não chegam para os animais se manterem frescos, assim ou se coloca o viveiro numa grande sombra nesses dias de calor ou levamos o terrário para casa, nesta altura é crucial dar-lhes muita água para beber.
Em baixo à esquerda vemos uma fêmea de Trioceros Jacksonii Willegnensis, à direita uma fêmea Trioceros Jacksonii Jacksonii numa gravidez avançada ao contrário da Subespécies Xantulopus nestas duas as fêmeas também têm cornos.
Alimentação:
Estes camaleões não são esquisitos com o alimento, eles comem desde caracóis descongelados que são uma rica fonte de cálcio e outros minerais, assim como baratas Dúbias, grilos, gafanhotos e até bichos da seda.
No entanto o alimento deve de ser envolvido em pó de vitaminas e minerais pelo menos duas vezes por semana.
Para os alimentar pode oferecer a presa na pinça e coloca-la à sua frente como pode deixa-la num recipiente ou até mesmo à solta no terrário caso este esteja devidamente isolado.
Estes camaleões têm uma língua muito comprida e já os vi a estenderem-na tanto como o seu corpo!
Em baixo vemos um video de um macho de Trioceros Jacksonii Xantholopus que mostra precisamente isso!
Em cima à esquerda uma cria recém-nascida, ao lado direito 5 crias com 2 meses , em baixo uma foto da mesma cria com 3 meses, isto para provar que estes camaleões têm um crescimento lento por serem camaleões de montanha, no entanto esta é das famílias de camaleões que tem mais resistência e das maiores longevidades.
Reprodução:
Eu trabalho com 3 dos 4 membros comercializados desta família de camaleões :
Os Trioceros Jacksonii Jacksonii que são os menores mais comercializados e coloridos, os Trioceros Jacksonii Willignensis que são os de tamanho intermédio com os chifres maiores em relação ao corpo e por fim os Trioceros Jacksonii Xantolopos que são os maiores e mais robustos.
Todos eles requerem cuidados similares, quanto à reprodução não é diferente, depois do acasalamento a fêmea pode ter até 9 meses de gestação, estes camaleões são vivíparos, o que significa que não põe ovos mas sim dão à luz crias que são réplicas dos pais!
Estas crias devem de ser criadas com temperaturas moderadas e muita humidade à semelhança dos adultos e são animais de crescimento lento.
Em baixo à esquerda várias crias de uma ninhada que pode variar de uma a vinte e duas, no lado direito para terem uma ideia das dimensões uma foto do meu macho de Trioceros Jacksonii Jacksonii com uma das suas crias recén-nascidas!
Eu trabalho com 3 dos 4 membros comercializados desta família de camaleões :
Os Trioceros Jacksonii Jacksonii que são os menores mais comercializados e coloridos, os Trioceros Jacksonii Willignensis que são os de tamanho intermédio com os chifres maiores em relação ao corpo e por fim os Trioceros Jacksonii Xantolopos que são os maiores e mais robustos.
Todos eles requerem cuidados similares, quanto à reprodução não é diferente, depois do acasalamento a fêmea pode ter até 9 meses de gestação, estes camaleões são vivíparos, o que significa que não põe ovos mas sim dão à luz crias que são réplicas dos pais!
Estas crias devem de ser criadas com temperaturas moderadas e muita humidade à semelhança dos adultos e são animais de crescimento lento.
Em baixo à esquerda várias crias de uma ninhada que pode variar de uma a vinte e duas, no lado direito para terem uma ideia das dimensões uma foto do meu macho de Trioceros Jacksonii Jacksonii com uma das suas crias recén-nascidas!
Em cima na minha mão, várias crias de Trioceros Jacksonii criadas nas minhas instalações.
Estes animais assim como muitas outras espécies, estão a desaparecer do seu habitat natural por diversas razões sempre ligadas à actividade humana, assim a criação de exemplares em cativeiro passa não só a ser emergente no aspecto de não precisarmos de capturar mais exemplares em estado Natural já que geralmente 90% da captura resulta em morte antes de chegar às nossas casas mas também de ter animais muito mais aptos para viver em terrário já que nasceram em cativeiro, sempre que possível compre animais criados em cativeiro.
Em suma esta espécie é fácil de manter e muito adaptável principalmente se nascida em cativeiro, esta família de camaleões de montanha tende em durar mais anos de vida que os restantes membros da família, provavelmente devido ao seu metabolismo lento.
Cláudio Godinho
2014
Estes animais assim como muitas outras espécies, estão a desaparecer do seu habitat natural por diversas razões sempre ligadas à actividade humana, assim a criação de exemplares em cativeiro passa não só a ser emergente no aspecto de não precisarmos de capturar mais exemplares em estado Natural já que geralmente 90% da captura resulta em morte antes de chegar às nossas casas mas também de ter animais muito mais aptos para viver em terrário já que nasceram em cativeiro, sempre que possível compre animais criados em cativeiro.
Em suma esta espécie é fácil de manter e muito adaptável principalmente se nascida em cativeiro, esta família de camaleões de montanha tende em durar mais anos de vida que os restantes membros da família, provavelmente devido ao seu metabolismo lento.
Cláudio Godinho
2014