Geckos do Género Rhacodactylus:
Esta página é dedicada a um gênero com sete espécies de geckos cada vez mais populares no Hobby, os Rhacodactylus são lagartos que existem nas ilhas da Nova Caledónia, afastadas da costa da Austrália, este isolamento à semelhança de muitas espécies insulares fez com que se tornassem animais únicos, em tamanho forma , cores e comportamentos, em cima uma foto que mostra alguns dos meus exemplares, quatro no total.
Estes animais têm lamelas nas pontas dos dedos semelhantes à nossa osga, pupilas verticais, cores maioritariamente castanhas, verdes esbatidos ou cinza a fim de se camuflarem nas árvores, possuem caudas preênseis como as dos macacos que são um género de um quinto membro que os ajuda na sua deslocação nas árvores, são maioritariamente noturnos vivendo em buracos nas árvores, também se podem encontrar dormindo durante o dia agarrados aos ramos finos próximos das folhas fazendo-se passar por folhas mortas isso é comum nos Rhacodactylus Ciliatus.
A maior parte doa Rhacodactylus são espécies ovíparas, isto é põe ovos à excepção do R. Trachyrhynchus e o R. Trachycephalus que dão à luz e que aqui não vou mencionar.
A temperaturas da ilha da Nova Caledónia podem descer aos 11 graus no Invernos nas terras altas e subir até aos 27/28 graus no Verão, portanto estes animais são um pouco versáteis no que toca a temperaturas, sendo certo que no Inverno eles brumam, não hibernam portanto não ficam totalmente inativos, apenas reduzem a sua atividade e o metabolismo.
São espécies que podem variar muito em tamanho sendo pequenas como o R. Chahoua ou gigantes como o R. Leachianus que é o maior gecko vivo na terra, estes animais podem coabitar no espaço, inclusive partilhar os mesmos buracos para dormirem de dia, tem sido observado predação entre espécies e inclusive canibalismo, quando animais de tamanho similar se encontram pode acontecer que um coma a cauda do outro, esse comportamento é comum fazendo com que em muitas espécies como o R. Ciliatus não volte a regenerar a sua cauda ao contrário da maior parte dos lagartos para não voltar a ser comida e assim ter mais um dispêndio de energia desperdiçado.
Outra características interessante nesta género de lagartos é o facto de emitirem sons de vários tipos como chilreios , assobios e até sons mais graves semelhantes a um cão ou um porco como o do gigante R. Leachianus , estes sons podem servir para chamar um parceiro para o acasalamento, para marcação de território ou simplesmente para desencorajar um predador que o incomode levantando o corpo e a cauda e abrindo a sua boca emitindo o som, este comportamento em geckos é pouco comum.
Os geckos da Nova Caledónia perderam número devido à destruição do habitat e á predação de espécies invasoras que foram colocadas na ilha como cães e gatos.
Os Rhacodactylus em geral têm uma alimentação à base de insetos, pólen, bagas , frutos ,néctar e lagartos menores ou suas caudas, estes geckos são importantes polinizadores e disseminadores de sementes em estado natural.
Estes animais encontram-se em estatuto de ameaçado, no entanto já não existem capturas destes animais em estado natural , todos os exemplares que se vêm no hobby são descendentes de exemplares que em muitos casos foram criados em cativeiro a fim de serem libertados em estado selvagem para aumentar o numero das populações, inclusive os R. Ciliatus conhecido como gecko cristado no Hobby tem uma história muito interessante, por muitos anos foram dados como extintos mas em 1994 um ornitólogo viu 3 exemplares e fotografou-os para usar como prova de que realmente não tinham desaparecido, mais tarde foram feitas buscas a fim de serem capturados alguns exemplares a fim de os proteger e reproduzir em cativeiro , a sua reprodução foi um sucesso e ao fim de uns anos já várias crias desses animais tinham sido libertadas no seu habitat natural , foram dados como extintos e graças a um programa de reprodução em cativeiro não só aumentaram em estado selvagem como também alavancou o interesse por ter esse simpático lagarto como animal de estimação.
Em baixo irei abordar as quatro espécies mais reproduzidas no Hobby que tenho: R. Ciliatus, R. Auriculatus, R. Chahoua e por fim o gigante R. Leachianus.
Terrário:
Estes geckos não precisam de muito espaço em relação a lagartos mais ativos, dependendo das espécies eu recomendo cubos a partir dos 60cm para espécies menores como os R. Ciliatus , C. Auriculatus ou R. Chahoua e cubos com pelo menos 80cm para os gigantes R. Leachianus, obviamente que maior é sempre melhor, no entanto será sempre mais difícil controlar temperaturas e encontrar os ovos caso hajam posturas.
A luz não é obrigatória , até porque estamos a falar de uma espécie noturna ou corpuscular, no entanto em todas as espécies eu uso lapada tubular de U.V 0.5, para o aquecimento recomendo que use lâmpada de cerâmica ou tapetes que devem de estar na vertical, de preferência próximos de alguns ramos para que os animais se aqueçam caso precisem.
O terrário deve de ter uma decoração com plantas naturais ou plásticas, fundo em turfa ou fibra de coco e bastantes abrigos como troncos ocos, pedaços de cortiças ou caixas ninho de pequenas aves como se vê na foto de cima, use vários para que os animais escolham os que mais gostam, no caso de certos casais deste género podem dormir juntos numa noite e separados na noite seguinte, em alguns casos como alguns casais de R. Ciliatus ou Chahoua nem se escondem ficando todo o dia imoveis agarrados a um tronco muitas vezes por baixo da lâmpada U.V., isto leva-me a pensar de que de alguma forma eles tiram proveito pontual da radiação, daí a razão de em todos eles a manter ligada das 9h às 16h, simulando assim a luminosidade que passa entre a folhagem das árvores.
As temperaturas de dia na primavera e Verão rondam os 26/31 e à noite de 18 a 22, no inverno à semelhança do ambiente natural devem de baixar para uns 24/26 diurnos e os 17/20 noturnos, estas temperaturas lhes darão o descanso que precisam para brumarem, neste período é normal eles saírem menos à noite , estarem menos ativos e claro comerem menos.
Em baixo algumas fotos dos meus terrários, em alguns casos tenho Rhacodactylus a coabitarem com outros lagartos, sempre diurnos e sempre com um tamanho próximo, como exemplo tenho casais de R. Ciliatus ou Auriculatus que coabitam com casais de Phelsumas Madagascariensis , mantenho assim a coabitação há mais 6 seis anos sem nunca ter visto uma luta ou ter vestígios de stress por nenhuma das espécies, na verdade estes animais mal se vêm, isto porque os nocturnos Rhacodactylus só saem à noite quando as phelsumas já estão a dormir e de dia as phelsumas têm o seu comportamento normal em terrário e os noturnos estão escondidos, o que faz com que em qualquer hora se vejam animais no terrário, também tenho estes geckos a coabitarem com anfíbios como as rãs musgo e as Agalichinis Callidryas.
Estes geckos não precisam de muito espaço em relação a lagartos mais ativos, dependendo das espécies eu recomendo cubos a partir dos 60cm para espécies menores como os R. Ciliatus , C. Auriculatus ou R. Chahoua e cubos com pelo menos 80cm para os gigantes R. Leachianus, obviamente que maior é sempre melhor, no entanto será sempre mais difícil controlar temperaturas e encontrar os ovos caso hajam posturas.
A luz não é obrigatória , até porque estamos a falar de uma espécie noturna ou corpuscular, no entanto em todas as espécies eu uso lapada tubular de U.V 0.5, para o aquecimento recomendo que use lâmpada de cerâmica ou tapetes que devem de estar na vertical, de preferência próximos de alguns ramos para que os animais se aqueçam caso precisem.
O terrário deve de ter uma decoração com plantas naturais ou plásticas, fundo em turfa ou fibra de coco e bastantes abrigos como troncos ocos, pedaços de cortiças ou caixas ninho de pequenas aves como se vê na foto de cima, use vários para que os animais escolham os que mais gostam, no caso de certos casais deste género podem dormir juntos numa noite e separados na noite seguinte, em alguns casos como alguns casais de R. Ciliatus ou Chahoua nem se escondem ficando todo o dia imoveis agarrados a um tronco muitas vezes por baixo da lâmpada U.V., isto leva-me a pensar de que de alguma forma eles tiram proveito pontual da radiação, daí a razão de em todos eles a manter ligada das 9h às 16h, simulando assim a luminosidade que passa entre a folhagem das árvores.
As temperaturas de dia na primavera e Verão rondam os 26/31 e à noite de 18 a 22, no inverno à semelhança do ambiente natural devem de baixar para uns 24/26 diurnos e os 17/20 noturnos, estas temperaturas lhes darão o descanso que precisam para brumarem, neste período é normal eles saírem menos à noite , estarem menos ativos e claro comerem menos.
Em baixo algumas fotos dos meus terrários, em alguns casos tenho Rhacodactylus a coabitarem com outros lagartos, sempre diurnos e sempre com um tamanho próximo, como exemplo tenho casais de R. Ciliatus ou Auriculatus que coabitam com casais de Phelsumas Madagascariensis , mantenho assim a coabitação há mais 6 seis anos sem nunca ter visto uma luta ou ter vestígios de stress por nenhuma das espécies, na verdade estes animais mal se vêm, isto porque os nocturnos Rhacodactylus só saem à noite quando as phelsumas já estão a dormir e de dia as phelsumas têm o seu comportamento normal em terrário e os noturnos estão escondidos, o que faz com que em qualquer hora se vejam animais no terrário, também tenho estes geckos a coabitarem com anfíbios como as rãs musgo e as Agalichinis Callidryas.
Alimentação:
Como referi no inicio estes animais comem insetos, bagas, frutos , pólen e ocasionalmente carne, em cativeiro essa alimentação deve de ser replicada.
Eu tenho sempre na taça insetos como dubias, red runners ou grilos, depois tenho umas pequenas taças que são vendidas precisamente para estes geckos onde coloco compota de morango , mel ou melaço de cana de açúcar, vou alternando à medida que acaba a bem da diversidade alimentar, caso tenha um suporte com 2 pois muito bem pode por dois destes ingredientes disponíveis.
Como complemento ocasionalmente posso dar um pinky descongelado essa proteína bruta é a carne de um lagarto pequeno que eles possam comer em estado selvagem.
Em relação aos alimentos processados que se vendem no mercado eu não dou aos meus animais, estes produtos não chegam perto de qualquer alimento vivo ou papa feita por nós em casa, seria o mesmo que estarmos a viver comendo todos os nossos alimentos à base de farinhas com corantes , conservantes e aromatizantes, só em casos excecionais ou mesmo pontuais recomendaria dar como guloseima no caso de um animal estar doente com perda abrupta de peso e já termos tentado tudo para que comesse e aí sim experimentar este recurso, no entanto tenho este género há mais de dez anos e nunca foi necessário.
Em baixo as quatro espécies que produzo nos ramos de uma árvore, veja como agarrados aos ramos estão tão bem camuflados, esta imagem mostra como é o modo de vida destes animais.
Características e comportamento:
Estes geckos passam o dia inativos nos ramos das árvores ou buracos nos troncos, assim no terrário de dia eles podem adotar posições curiosas enquanto dormem sempre simulando uma folha morta entre os ramos , nesta altura evite pega-los para não os incomudar no seu sono, na foto em cima é um exemplo clássico desse curioso comportamento em que podem ficar totalmente pendurados imoveis por horas e horas, estes geckos devem de ser pegados com alguma cautela, tirando o caso dos R. Leachianus em que a dentada do macho adulto dói bastante , todos os outros três por mais que mordam são inofensivos, no entanto eles podem facilmente desprender a causa se muito stressados, nunca pegue num animal destes pela cada nem tão pouco a prenda pois ao mínimo puxão ele fá-la romper , as pontas das caudas têm por baixo uma textura aderente precisamente para se agarrarem nos ramos com mais facilidades, isso pode fazer com que a pecam com facilidade se puxada, no caso dos R. Ciliatus a cauda solta-se com grande facilidade e já não volta a nascer, comprometendo assim a beleza do animal, no caso dos R. Leachianus as caudas são curtas precisamente para evitar que sejam comidas e já não se soltam com tanta facilidade, assim devemos de pegar o menos possível nestes animais já que como todos os outros repteis são animais de contemplação.
Outra característica deste género são os saltos, uma vez na mão u m Rhacodactylus pode saltar e cair no chão, se estiver a 1.50mt do chão o animal pode magoar-se, portanto tenha em conta essa hipotese e mantenha o animal sempre com a cabeça virada para si para que não salte para o chão.
Estes geckos passam o dia inativos nos ramos das árvores ou buracos nos troncos, assim no terrário de dia eles podem adotar posições curiosas enquanto dormem sempre simulando uma folha morta entre os ramos , nesta altura evite pega-los para não os incomudar no seu sono, na foto em cima é um exemplo clássico desse curioso comportamento em que podem ficar totalmente pendurados imoveis por horas e horas, estes geckos devem de ser pegados com alguma cautela, tirando o caso dos R. Leachianus em que a dentada do macho adulto dói bastante , todos os outros três por mais que mordam são inofensivos, no entanto eles podem facilmente desprender a causa se muito stressados, nunca pegue num animal destes pela cada nem tão pouco a prenda pois ao mínimo puxão ele fá-la romper , as pontas das caudas têm por baixo uma textura aderente precisamente para se agarrarem nos ramos com mais facilidades, isso pode fazer com que a pecam com facilidade se puxada, no caso dos R. Ciliatus a cauda solta-se com grande facilidade e já não volta a nascer, comprometendo assim a beleza do animal, no caso dos R. Leachianus as caudas são curtas precisamente para evitar que sejam comidas e já não se soltam com tanta facilidade, assim devemos de pegar o menos possível nestes animais já que como todos os outros repteis são animais de contemplação.
Outra característica deste género são os saltos, uma vez na mão u m Rhacodactylus pode saltar e cair no chão, se estiver a 1.50mt do chão o animal pode magoar-se, portanto tenha em conta essa hipotese e mantenha o animal sempre com a cabeça virada para si para que não salte para o chão.
Rhacodactylus Ciliatus:
Rhacodactylus Chahoua
Rhacodactylus Leachianus:
Reprodução:
Genericamente falando estas espécies começam o acasalamento no final do mês de Março, o machos procuram as fêmeas no terrário para acasalar e nessa fase não é incomum ouvirem-se sons principalmente por parte das espécies R. Leachianus e Auriculatus, pelo menos com os meus é assim, após 3/4 semanas do acasalamento , a fêmea põe sempre dois ovos enterrados no solo, os ovos devem de ser removidos com cuidado e irem para incubação que durará cerca de dois meses e meio.
As crias devem de ser criadas sozinhas ou apenas com o seu irmão em pequenos terrários com ramos e abrigos e com o alimento similar ao dos adultos , no caso dos insetos obviamente na devida proporção, os terrários devem de ser borrifados uma vez por noite e ter sempre disponível no fundo uma pequena taça com água rasa.
Genericamente falando estas espécies começam o acasalamento no final do mês de Março, o machos procuram as fêmeas no terrário para acasalar e nessa fase não é incomum ouvirem-se sons principalmente por parte das espécies R. Leachianus e Auriculatus, pelo menos com os meus é assim, após 3/4 semanas do acasalamento , a fêmea põe sempre dois ovos enterrados no solo, os ovos devem de ser removidos com cuidado e irem para incubação que durará cerca de dois meses e meio.
As crias devem de ser criadas sozinhas ou apenas com o seu irmão em pequenos terrários com ramos e abrigos e com o alimento similar ao dos adultos , no caso dos insetos obviamente na devida proporção, os terrários devem de ser borrifados uma vez por noite e ter sempre disponível no fundo uma pequena taça com água rasa.