APRESENTAÇÃO:
As serpentes do género lampropeltis com o seu grande número de espécies e subespécies são famosas há mais de duas décadas. No caso das lampropeltis getula conhecidos por serpentes Rei pertencem ao mesmo género lampropeltis da família das falsas corais porém ramifica-se neste grupo getula que apesar de terem semelhanças pertencem a famílias diferentes. Das 8 subespécies a que tenho e a que é mais difundida é a “lampropeltis getula californiae” que é conhecida por cobra Rei da Califórnia devido às suas mutações de cor.
Estas serpentes inofensivas vivem ao longo da América do norte até ao equador vivendo no sul do Canadá onde o clima é mais frio mas no caso da “lampropeltis getula holbrooki”, habitando as zonas desérticas do centro dos E.U.A como a “lampropeltis getula californiae” e a sul já nas florestas tropicais do Equador como a “lampropeltis getula splendida” assim como no México a ""Lampropeltis Getulla Nigritus" que também tenho um casal .
As suas cores apesar de não serem tão vivas como as das suas parentes falsas coral têm no entanto um grande leque de cores de subespécie para subespécie sendo: pardas, negras e brancas às faixas com vários padrões, todas negras, amarelas ponteadas e até mesmo quase vermelhas isto para não referir as mutações que existem em estado natural devido ao hibridismo e as mutações em cativeiro. Esta cobra em adulta atinge de 90cm a 1.20cm de comprimento que se pode estender até aos 2metros consoante a subespécie. Vivem nos mais diversos ecossistemas desde desertos, pradarias, bosques, próximas de rios campos de cultivo, florestas temperadas ou tropicais.
Ao contrário das falsas coral as cobras rei são diurnas sendo vistas nas horas mais quentes do dia à excepção das subespécies que vivem em desertos e saem apenas ao fresco da noite. Tornaram-se muito famosas pela sua coragem em atacar víboras venenosas para comer como a cascavel da qual é imune ao seu veneno daí a derivação de cobra Rei.
À semelhança das falsas coral com o mimetismo a cobra Rei adopta uma posição similar à da cascavel como posição defensiva como se vê na foto acima usando inclusive a cauda a tremer imitando uma cascavel, na verdade a cor que a lampropeltis getula californiae é muito similar ao padrão de cor que a cascavel tem na sua cauda o que desencoraja os predadores como coiotes ou aves de rapina.
A MINHA EXPERIÊNCIA:
Comecei com as cobras rei apenas em 2007, numa loja de animais comprei três jovens de cobra rei da Califórnia "lampropeltis getula californiae" duas fêmeas e um macho. No inicio enquanto são juvenis convém que estejam alojadas à parte para que não entrem em stress, estes animais se alojados juntos muito jovens com tamanhos diferentes ficam de tal maneira stressados que perdem o apetite e podem morrer, por vezes até podem ser comidas por outras maiores.
São mais tolerantes a temperaturas e isto deve-se a facilidade nata do animal colonizar vários biótipos como referi na introdução. Até aos dois anos não coloco as minhas cobras rei sujeitas a hibernação, nesta espécie isto pode ser possível já que após o Inverno estes animais ficam activos com a subida da temperatura estimulando-os para a reprodução no entanto não coloque para a hibernação serpentes que sejam muito jovens ou estejam doentes ou debilitadas.
Em baixo um casal de cobras Rei negras do México, são mais uma espécie da família das cobras Rei que inspira cuidados similares aos da prima Cobra rei da Califórnia se bem que requerem temperaturas mais elevadas no Inverno e nesta espécie são os machos maiores que as fêmeas, abaixo desta foto, a mãe com as crias.
Comecei com as cobras rei apenas em 2007, numa loja de animais comprei três jovens de cobra rei da Califórnia "lampropeltis getula californiae" duas fêmeas e um macho. No inicio enquanto são juvenis convém que estejam alojadas à parte para que não entrem em stress, estes animais se alojados juntos muito jovens com tamanhos diferentes ficam de tal maneira stressados que perdem o apetite e podem morrer, por vezes até podem ser comidas por outras maiores.
São mais tolerantes a temperaturas e isto deve-se a facilidade nata do animal colonizar vários biótipos como referi na introdução. Até aos dois anos não coloco as minhas cobras rei sujeitas a hibernação, nesta espécie isto pode ser possível já que após o Inverno estes animais ficam activos com a subida da temperatura estimulando-os para a reprodução no entanto não coloque para a hibernação serpentes que sejam muito jovens ou estejam doentes ou debilitadas.
Em baixo um casal de cobras Rei negras do México, são mais uma espécie da família das cobras Rei que inspira cuidados similares aos da prima Cobra rei da Califórnia se bem que requerem temperaturas mais elevadas no Inverno e nesta espécie são os machos maiores que as fêmeas, abaixo desta foto, a mãe com as crias.
ALIMENTAÇÃO:
Quando as cobras Rei são jovens devemos de alimenta-las de 3 em 3 dias com ratos, pintos ou pedaços de codorniz do talho de tamanho que as serpentes engulam e fique um ligeiro alto no seu corpo.
Apesar de estas cobras comerem outras cobras podemos ter as cobras rei em pequenos grupos desde que todas tenham sensivelmente o mesmo tamanho eliminando assim as hipóteses de canibalismo.
Na altura que estes animais recebem as presas no seu terrário podem-se tornar bruscas devido ao entusiasmo de se alimentarem, para quem até então estava apenas habituado a lidar com as falsas coral que são mais tímidas, as cobras rei são mais temperamentais mas não são agressivas e por maiores que sejam não representam qualquer perigo para nós.
Estas cobras não têm problemas de se alimentar e crescem com facilidade e são adultas aos dois anos, mantendo-se saudáveis desde que recebam condições sendo as cobras ideais para um principiante.
Quando as cobras Rei são jovens devemos de alimenta-las de 3 em 3 dias com ratos, pintos ou pedaços de codorniz do talho de tamanho que as serpentes engulam e fique um ligeiro alto no seu corpo.
Apesar de estas cobras comerem outras cobras podemos ter as cobras rei em pequenos grupos desde que todas tenham sensivelmente o mesmo tamanho eliminando assim as hipóteses de canibalismo.
Na altura que estes animais recebem as presas no seu terrário podem-se tornar bruscas devido ao entusiasmo de se alimentarem, para quem até então estava apenas habituado a lidar com as falsas coral que são mais tímidas, as cobras rei são mais temperamentais mas não são agressivas e por maiores que sejam não representam qualquer perigo para nós.
Estas cobras não têm problemas de se alimentar e crescem com facilidade e são adultas aos dois anos, mantendo-se saudáveis desde que recebam condições sendo as cobras ideais para um principiante.
TERRÁRIO / ALOJAMENTO:
As cobras Rei à semelhança das falsas coral devem de ser alojadas num terrário ou caixa com o dobro do seu comprimento e pelo menos com a altura de metade do comprimento do seu corpo. Sendo caixa ou terrário deve de ter ventilação necessária e o aquecimento sobre forma de serpentina ou tapete térmico. Uma parte do terrário aquecida e outra não faz do compartimento útil para a regulação da temperatura do animal escolhendo a parte que lhe interessa.
A iluminação é útil para esta cobra diurna, deve de colocar uma lâmpada tubular de espectro diurno U.V.A / U.V.B- 0.2,esta lâmpada ligada a um temporizador de tomada para que fique ligada as 8 horas diárias é suficiente.
Deve de ser colocado um bebedouro para répteis para que o animal não só beba como também se consiga banhar.
Quanto ao substrato pode ser usado bark (aparas de madeira) grite, turfa ou até mesmo papel de cozinha. Coloque um abrigo em cada um dos lados do terrário assim quando a cobra quiser mudar do local aquecido para o local fresco tem sempre onde se esconder, o terrário deve de ter ramos e pedras não só pelo efeito estético como também para auxiliar a serpente na muda de pele e criar um ambiente mais confortável para esta.
As cobras Rei à semelhança das falsas coral devem de ser alojadas num terrário ou caixa com o dobro do seu comprimento e pelo menos com a altura de metade do comprimento do seu corpo. Sendo caixa ou terrário deve de ter ventilação necessária e o aquecimento sobre forma de serpentina ou tapete térmico. Uma parte do terrário aquecida e outra não faz do compartimento útil para a regulação da temperatura do animal escolhendo a parte que lhe interessa.
A iluminação é útil para esta cobra diurna, deve de colocar uma lâmpada tubular de espectro diurno U.V.A / U.V.B- 0.2,esta lâmpada ligada a um temporizador de tomada para que fique ligada as 8 horas diárias é suficiente.
Deve de ser colocado um bebedouro para répteis para que o animal não só beba como também se consiga banhar.
Quanto ao substrato pode ser usado bark (aparas de madeira) grite, turfa ou até mesmo papel de cozinha. Coloque um abrigo em cada um dos lados do terrário assim quando a cobra quiser mudar do local aquecido para o local fresco tem sempre onde se esconder, o terrário deve de ter ramos e pedras não só pelo efeito estético como também para auxiliar a serpente na muda de pele e criar um ambiente mais confortável para esta.
MUTAÇÕES DE COR:
Como já tinha referido além das sob espécies que existem em estado selvagem também foram criadas em cativeiro colorações ou mutações de cor.
Eu tenho 3 mutações diferentes: a cor “50/50” em que o negro e o branco são distribuídos homogeneamente em anéis, a versão “desert” em que tem mais negro que branco com faixas onduladas e a versão linear “long road” em que a parte de cima da cobra é negra com traços brancos fazendo o efeito de uma estrada (foto acima). Se cruzadas novas cores podem aparecer cores assim como podem nascer indivíduos da cor do pai ou da mãe.
Assim apenas com estas três cores a descendência pode ter um leque diverso de combinações, isto não só pela combinação dos fatores de cor dos pais mas também pelas cores recessivas que os pais transportam nos genes mas não os manifestam externamente, em baixo duas ninhadas descendentes do meu trio em que, como pode ver além de "50/50" , "linear" e "Desert strike "dos pais aparece também aparecem as cores aberrante, albina e albina linear, na foto abaixo destas a mãe com as crias com um mês, veja a proporção de tamanhos!
Como já tinha referido além das sob espécies que existem em estado selvagem também foram criadas em cativeiro colorações ou mutações de cor.
Eu tenho 3 mutações diferentes: a cor “50/50” em que o negro e o branco são distribuídos homogeneamente em anéis, a versão “desert” em que tem mais negro que branco com faixas onduladas e a versão linear “long road” em que a parte de cima da cobra é negra com traços brancos fazendo o efeito de uma estrada (foto acima). Se cruzadas novas cores podem aparecer cores assim como podem nascer indivíduos da cor do pai ou da mãe.
Assim apenas com estas três cores a descendência pode ter um leque diverso de combinações, isto não só pela combinação dos fatores de cor dos pais mas também pelas cores recessivas que os pais transportam nos genes mas não os manifestam externamente, em baixo duas ninhadas descendentes do meu trio em que, como pode ver além de "50/50" , "linear" e "Desert strike "dos pais aparece também aparecem as cores aberrante, albina e albina linear, na foto abaixo destas a mãe com as crias com um mês, veja a proporção de tamanhos!
REPRODUÇÃO:
A época de reprodução das cobras Rei inicia no inicio da Primavera, após o período de descanso no Inverno as cobras começam a ficar mais ativas e no caso dos machos estes procuram incessantemente as fêmeas que após comerem a sua primeira refeição.
A fêmea maior e com a cauda mais curta após mudar a pele nesta época emana uma feromona que atrai o macho, nessa altura devemos de juntá-los mas sempre após ambos terem recebido uma boa refeição para que o interesse seja apenas sexual e não gastronómico.
De 42 a 63 dias após o acasalamento por volta de Maio a Agosto a fêmea fará a postura composta de 4 a 20 ovos conforme a idade ou espécie que depositará numa caixa com turfa ou areia húmidas após a postura pode colocar os ovos na incubadora.
De 40 a 65 dias depois as crias irão nascer, de inicio apenas retiram a cabeça fora do ovo para respirar podendo assim ficar o dia todo, não se preocupe pois é normal nestes animais, em alguns casos podem ficar 48 horas assim pois apesar que os animais já precisarem de respirar ar atmosférico ainda estão a absorver o saco vitelino, caso saiam ainda com o saco pendurado isso pode leva-los à morte.
Apesar de relativamente fácil no que toca a cobras a reprodução destes animais em cativeiro é a prova de que estão a receber os cuidados certos e uma retribuição para quem se dedica a estes animais tão mal compreendidos!
Em suma é um tipo de cobra fácil de manter a um preço acessível a cobra ideal para principiantes já que não inspira grandes cuidados.
Cláudio Godinho
A época de reprodução das cobras Rei inicia no inicio da Primavera, após o período de descanso no Inverno as cobras começam a ficar mais ativas e no caso dos machos estes procuram incessantemente as fêmeas que após comerem a sua primeira refeição.
A fêmea maior e com a cauda mais curta após mudar a pele nesta época emana uma feromona que atrai o macho, nessa altura devemos de juntá-los mas sempre após ambos terem recebido uma boa refeição para que o interesse seja apenas sexual e não gastronómico.
De 42 a 63 dias após o acasalamento por volta de Maio a Agosto a fêmea fará a postura composta de 4 a 20 ovos conforme a idade ou espécie que depositará numa caixa com turfa ou areia húmidas após a postura pode colocar os ovos na incubadora.
De 40 a 65 dias depois as crias irão nascer, de inicio apenas retiram a cabeça fora do ovo para respirar podendo assim ficar o dia todo, não se preocupe pois é normal nestes animais, em alguns casos podem ficar 48 horas assim pois apesar que os animais já precisarem de respirar ar atmosférico ainda estão a absorver o saco vitelino, caso saiam ainda com o saco pendurado isso pode leva-los à morte.
Apesar de relativamente fácil no que toca a cobras a reprodução destes animais em cativeiro é a prova de que estão a receber os cuidados certos e uma retribuição para quem se dedica a estes animais tão mal compreendidos!
Em suma é um tipo de cobra fácil de manter a um preço acessível a cobra ideal para principiantes já que não inspira grandes cuidados.
Cláudio Godinho