Introdução:
Quando nos referimos a tartarugas terrestes, referimo-nos a Quelónios que vivem fora de água, existem muitas espécies de diversas famílias de tartarugas com estas características mas aqui nesta página vou focar-me nas espécies que são mais recomendadas no hooby , não só por serem mais acessíveis mas também por serem mais resistentes e compatíveis com o nosso clima já que 3 das 4 espécies vivem na Europa, logo o clima é muito similar, as espécies são: Agrionemys Horsfieldii (antes chamada de Testudo Horsfieldii), a Testudo Graeca, a Testudo Hermanni e por fim a Testudo Marginata é precisamente esta a ordem que adquiri estas espécies e é esta a ordem de espécies que podem ver na foto em cima.
As outras espécies de tartarugas terrestres como a Stigmochelys Pardalis (conhecida como tartaruga leopardo) ou a Centrochelys Sulcata (conhecida como tartaruga de esporas Africana) são espécies que vulgarmente se vêm a ser comercializadas, elas são produzidas em quintas de produção intensiva , as fêmeas por ficarem enormes, produzem grandes quantidades de ovos e assim as crias vêm de Africa e do Médio Oriente em quantidades massivas para o mercado de animais de estimação a preços baixos, por serem baratas tornam-se atrativas aos clientes menos informados que as compram, o problema é que estes animais ao contrário das 4 espécies que vou dar a conhecer são animais de climas quentes que não aguentam o nosso inverno no exterior, assim em poucos anos elas tornam se enormes e como não podem viver no exterior todo o ano, no inverno têm de ficar em casa com temperaturas controladas todo o dia e como chegam a pesar 50 quilogramas como podem imaginar não é fácil de criar um recinto com o mínimo de dignidade para um animal que percorre grandes extinções de terreno num só dia, além do espaço enorme e do alto consumo de energia elétrica que é preciso no inverno estas duas espécies também têm um apetite a condizer com o seu tamanho pelo que não são de todo um tartarugas que recomende como pet visto que nessas condições não há uma forma fácil e digna de as manter.
Voltando às nossas 4 espécies, a grande vantagem em relação às outras duas que acima referi é que não ficam tão grandes, vivem em climas como o nosso, podendo ficar todo o ano no exterior num jardim com uma vida muito mais digna, são mais resistentes a doenças já que vivem num clima muito mais próximo do clima de origem, toleram melhor a humidade e a oscilações de temperatura, são mais económicas já que não será necessário um wat de energia para as aquecer, não comem um quarto da metade das duas espécies gigantes de clima quente, comem ervas que existem nos nossos jardins como a ortiga ou a serralha sendo assim mais barato e mais pratico ao passo que as grandes além de mais comida já carecem de outros alimentos como palha seca e por serem mais pequenas não precisam de recintos tão grandes obviamente.
Apesar de espécies diferentes , no que toca a cuidados estamos a falar de animais com necessidades muito parecidas, todas elas são exclusivamente herbívoras e comem do mesmo, na verdade entre elas não tomo cuidados diferenciados, daí a razão de juntar todas na mesma página.
Todas estas espécies vivem em zonas secas em ecossistemas como a charneca, a pradaria, zona litoral , montanha ou a estepe, são ecossistemas por vezes agrestes com um grande espectro de temperaturas o que fez com que estas espécies evoluíssem para se tornarem fortes e muito adaptáveis.
Os predadores naturais são os texugos, Bufos Reais, ratazanas , gaivotas e por estranho que pareça da águia Real que as apanha e as leva em voo deixando-as cair nas alturas contra rochas conseguindo assim partir as suas carapaças, no entanto os que mais têm contribuído para o seu declínio, são animais trazidos pelo homem como as ratazanas , os gatos e os cães, a destruição do habitat também tem contribuído para o declínio destas tartarugas.
Infelizmente todas elas se encontram em perigo de extinção as T. Graeca, a T. Hermanni e a T. Marginata já se encontram em CITES 2 A ao passo que a A. Hosfienldii está em Cites 2 B não só por causa da destruição do habitat mas acima de tudo por causa da industria gastronómica já que em Países como a China este animal é considerado uma iguaria!
Estas tartarugas são exclusivamente herbivoras, podem viver até aos 100 anos e são muito procuradas como animal de estimação.
Tartaruga Russa (Agrionemys Horsfieldii)
Conhecida por tartaruga Russa a Agrionemys horsfieldi é a tartaruga terrestre mais vendida como animal de estimação, não só por ser uma das tartarugas terrestres mais pequenas mas também por ser pouco exigente com temperaturas e condições, em cima um dos meus casais comendo pepino e rama de batata doce com 2 crias recém- nascidas ao seu lado.
Este animal vive nas estepes da Rússia, Irão, Paquistão e China comendo ervas de campo e enterrando-se em tocas que por vezes podem chegar aos 2 metros o que a torna única na família com esta característica.
Tornam-se ativas a partir de Março depois de uma longa hibernação estendendo a sua atividade até Setembro ou Outubro.
As testudo atingem a maturidade aos 8 ou 10 anos com cerca de 15cm de comprimento se bem que a maturidade depende mais do tamanho e a alimentação.
Os adultos podem atingir o tamanho máximo de 18cm no macho e de 25cm nas fêmeas. Em estado selvagem estes animais fazem até 3 posturas por ano e cada postura deriva de 1 a 6 ovos, a quantidade e frequência das posturas depende da sua alimentação e da idade da progenitora.
Estas tartarugas em estado natural podem durar 50 anos mas em cativeiro a sua esperança de vida pode estender-se ao dobro.
Por ser um animal que vive em condições similares à do nosso país esta testudo ao contrário de todas as outras pode viver durante todo o ano no exterior hibernando no Inverno e estivando no Verão assim como no seu habitat natural o que é mais uma vantagem.
Estas tartarugas apesar de não estarem em perigo de extinção encontram-se sob a ameaça das capturas para o mercado de animais de estimação e principalmente do mercado gastronómico Chinês do qual é grande consumidor de carne de tartaruga como iguaria tradicional.
Tartaruga Grega (Testudo Graeca)
Esta espécie tem uma enorme distribuição que vai da Europa Meridional , Norte de África e inclusive até à parte acidental a Ásia, tem um estatuto vulnerável como ja descrevi vivendo em algumas ilhas do Mar mediterrânico, Itália, Grécia, Espanha e inclusive em Portugal, eu já tive o previlégio de ver algumas aqui no Alentejo.
Esta espécie é muito confundida com a Testudo Hermanni , no entanto a T. Graeca tem uns pequenos tubérculos parecidos com esporos nas coxas das patas de trás (foto em cima à esquerda) caractristica que as T. Hermanni não têm.
As fêmeas geralmente chagam aos 25cm e os machos apenas ao 16cm,as fêmeas das subespécie que vivem na Europa são menores, as fêmeas podem chegar aos 5 kg nas zonas continentais, caso vivam em ilhas como a subespécie Testudo Graeca Nubeulensis da Sardenha podem chegar apenas aos 18 nas fêmeas e 15cm nos machos, existem pelo menos 17 subespécies de T. Graeca, as que tenho são as Testudo Graeca Ibera.
Outra coisa que as distingue das T. Hermanni é que as Graecas não têm a escama da carapaça logo acima da cauda fundida mas sim numa escama só, em relação às cores elas mudam muito consoante a zona onde vivem, podem ser de um castanho escuro, cinza, cor de caramelo ou até quase pretas, os padrões podem confundir-se com os da sua prima T, Hermanni, tornado por vezes difícil destingir a espécie apenas pela cor.
Esta espécie tem uma enorme distribuição que vai da Europa Meridional , Norte de África e inclusive até à parte acidental a Ásia, tem um estatuto vulnerável como ja descrevi vivendo em algumas ilhas do Mar mediterrânico, Itália, Grécia, Espanha e inclusive em Portugal, eu já tive o previlégio de ver algumas aqui no Alentejo.
Esta espécie é muito confundida com a Testudo Hermanni , no entanto a T. Graeca tem uns pequenos tubérculos parecidos com esporos nas coxas das patas de trás (foto em cima à esquerda) caractristica que as T. Hermanni não têm.
As fêmeas geralmente chagam aos 25cm e os machos apenas ao 16cm,as fêmeas das subespécie que vivem na Europa são menores, as fêmeas podem chegar aos 5 kg nas zonas continentais, caso vivam em ilhas como a subespécie Testudo Graeca Nubeulensis da Sardenha podem chegar apenas aos 18 nas fêmeas e 15cm nos machos, existem pelo menos 17 subespécies de T. Graeca, as que tenho são as Testudo Graeca Ibera.
Outra coisa que as distingue das T. Hermanni é que as Graecas não têm a escama da carapaça logo acima da cauda fundida mas sim numa escama só, em relação às cores elas mudam muito consoante a zona onde vivem, podem ser de um castanho escuro, cinza, cor de caramelo ou até quase pretas, os padrões podem confundir-se com os da sua prima T, Hermanni, tornado por vezes difícil destingir a espécie apenas pela cor.
Tartaruga de Herman (Testudo Hermanni)
Conhecida por tartaruga de Herman em homenagem a Jean Herman que a descreveu (1738-1800), ou tartaruga Mediterrânica, esta tartaruga muito comum com a Testudo Graeca como em cima referi , existe em estado selvagem em Espanha,, França, Itália, Montenegro, Albânia, Roménia e ilhas do Mediterrâneo sempre no Sul da Europa, o que lhe dá o noma de Tartaruga Mediterrânica, ocupa os ecossistemas da sua prima, florestas com clareiras, zonas litorais, zonas secas e charnecas, alimentando-se de ervas do campo.
Nesta espécie existem várias subespécies como nas anterior no entanto as mais comercializadas no mercado de animais de estimação são apenas 2 subespécies: a Testudo Hermanni Hermanni mais pequena e mais colorida com um contraste de negros e amarelo mais vivo e a Testudo Hermanni Boettgeri (na foto em cima a comer Malvas ) maior e mais acastanhada com cores menos atrativas.
As Testudo Hermanni chegam diferem muito consoante a subespécie mas podem ter apenas 13 cm num macho adulto de T. Hermanni com um peso até 2.5 kg aos 25cm nas fêmeas com um peso até 4kg.
Conhecida por tartaruga de Herman em homenagem a Jean Herman que a descreveu (1738-1800), ou tartaruga Mediterrânica, esta tartaruga muito comum com a Testudo Graeca como em cima referi , existe em estado selvagem em Espanha,, França, Itália, Montenegro, Albânia, Roménia e ilhas do Mediterrâneo sempre no Sul da Europa, o que lhe dá o noma de Tartaruga Mediterrânica, ocupa os ecossistemas da sua prima, florestas com clareiras, zonas litorais, zonas secas e charnecas, alimentando-se de ervas do campo.
Nesta espécie existem várias subespécies como nas anterior no entanto as mais comercializadas no mercado de animais de estimação são apenas 2 subespécies: a Testudo Hermanni Hermanni mais pequena e mais colorida com um contraste de negros e amarelo mais vivo e a Testudo Hermanni Boettgeri (na foto em cima a comer Malvas ) maior e mais acastanhada com cores menos atrativas.
As Testudo Hermanni chegam diferem muito consoante a subespécie mas podem ter apenas 13 cm num macho adulto de T. Hermanni com um peso até 2.5 kg aos 25cm nas fêmeas com um peso até 4kg.
Tartaruga Margina (Testudo Marginata)
Conhecida como tartaruga Marginal por se encontrar nos lugares mais estranhos e inesperados como escarpas topos de montanhas ou zonas onde praticamente não se vê vegetação.
A suas cores são basicamente um rebordo escuro em volta da carapaça muitas vezes com triângulos, no topo da carapaça os ocelos negros têm por norma um centro de cor castanha avermelhada o que faz delas tartarugas com uma cor atrativa.
De todas as espécies Europeias esta parece ser a única com a sua população mais estável, a sua área de distribuição vai da Grécia, Itália, Balcãs e outras partes do sul da Europa como frança, habitando inclusive nas ilhas da Sardenha ou Córsega.
Existem 2 subespécies de T. Marginata sendo a mais comum a T. Marginata Marginata a espécie que tenho é a T. Marginata Sarda da ilha da sardenha é uma espécie que apareceu muito recentemente em termos cronológicos, onde por estarem isoladas em espaço menor, tornaram-se um pouco menores e mais coloridas que as suas parentes continentais.
De todas as espécies que referi a Testudo Marginata é a que fica maior outra caractistica única é uma aba que está presente na parte traseira da carapaça semelhante a um saiote, esta aba mais saliente nos machos confere além de uma proteção contra predadores uma proteção contra machos rivais que lhes tentem morder por trás na época de reprodução.
É maior das 3 espécies de Tartarugas terrestres Europeias chegando aos 6 quilos de peso, esse peso pode ser superado em cativeiro com boas condições e alimentação rica e abundante.
Esta espécie pode chegar aos 40cm nas fêmeas e aos 32 cm nos machos, como referi no inicio são animais longevos como as outras 3 espécies , podendo chegar aos 100 anos.
A MINHA EXPERIÊNCIA:
Em 2005 criei o primeiro trio de testudo horsfieldi, no entanto por ter comprado estes exemplares juvenis com cerca de 7cm cada, ainda tive de esperar mais 3 anos até ter resultados de criação em cativeiro, como sucede com a maior parte dos animais de estimação estas tartarugas têm mais facilidade em criar em cativeiro se elas mesmas já nascerem em cativeiro no entanto há que ter em conta que a alimentação e as condições são muito importantes para o seu desenvolvimento saudável.
Em 2008 comecei com as Testudo Graeca, depois com as Hermanni e por fim em 2009 com as Testudo Marginata, criando assim um recinto de 4 metros por 2 para cada espécie (foto em cima), cada recinto alberga de 4 a 8 indivíduos.
O seu dimorfismo sexual fica mais fácil de identificar em adultas no entanto com alguma experiência com o tamanho de cerca de 6 ou 8 cm já é possível identificar os machos das fêmeas, as fêmeas têm no plastrão perto da cauda uma abertura triangular pequena logo por baixo do ânus para que apenas os excrementos não fiquem depositados no plastrão mas no macho o triângulo é mais aberto formando um ângulo reto dando mais liberdade de movimentos à cauda do macho para a delicada cópula, a sua cauda também é mais comprida e mais grossa para que o macho chegue à cloaca da fêmea.
No entanto existem casos de alguns indivíduos que em jovens aparentam ser fêmeas inicialmente devido à cauda curta mas a partir dos 8/10cm desenvolvem caudas compridas e revelam ser machos, portanto nesta espécie só apartir dos 9/10cm é que poderemos ter a certeza do sexo.
Em baixo duas fotos com o dimorfismo sexual, nesta em baixo mostro jovens com 4 anos, fêmea à esquerda macho à direita, repare como a diferença não é tão notória como na foto em baixo, com um casal adulto, em que a fêmea também à esquerda tem a cauda muito mais curta que o macho à direita, além dos ângulos do plastrão serem muito mais evidentes, na terceira foto dois exemplares de Testudo Marginata em que o macho tem a cauda mais saliente e o plastrão (parte de baixo da carapaça) concava para encaixar na carapaça convexa da femea no acto de reprodução, esta é outra característica de todas as testudo.
Este principio de sexagem é o mesmo em praticamente todas as tartarugas terrestres.
Em 2005 criei o primeiro trio de testudo horsfieldi, no entanto por ter comprado estes exemplares juvenis com cerca de 7cm cada, ainda tive de esperar mais 3 anos até ter resultados de criação em cativeiro, como sucede com a maior parte dos animais de estimação estas tartarugas têm mais facilidade em criar em cativeiro se elas mesmas já nascerem em cativeiro no entanto há que ter em conta que a alimentação e as condições são muito importantes para o seu desenvolvimento saudável.
Em 2008 comecei com as Testudo Graeca, depois com as Hermanni e por fim em 2009 com as Testudo Marginata, criando assim um recinto de 4 metros por 2 para cada espécie (foto em cima), cada recinto alberga de 4 a 8 indivíduos.
O seu dimorfismo sexual fica mais fácil de identificar em adultas no entanto com alguma experiência com o tamanho de cerca de 6 ou 8 cm já é possível identificar os machos das fêmeas, as fêmeas têm no plastrão perto da cauda uma abertura triangular pequena logo por baixo do ânus para que apenas os excrementos não fiquem depositados no plastrão mas no macho o triângulo é mais aberto formando um ângulo reto dando mais liberdade de movimentos à cauda do macho para a delicada cópula, a sua cauda também é mais comprida e mais grossa para que o macho chegue à cloaca da fêmea.
No entanto existem casos de alguns indivíduos que em jovens aparentam ser fêmeas inicialmente devido à cauda curta mas a partir dos 8/10cm desenvolvem caudas compridas e revelam ser machos, portanto nesta espécie só apartir dos 9/10cm é que poderemos ter a certeza do sexo.
Em baixo duas fotos com o dimorfismo sexual, nesta em baixo mostro jovens com 4 anos, fêmea à esquerda macho à direita, repare como a diferença não é tão notória como na foto em baixo, com um casal adulto, em que a fêmea também à esquerda tem a cauda muito mais curta que o macho à direita, além dos ângulos do plastrão serem muito mais evidentes, na terceira foto dois exemplares de Testudo Marginata em que o macho tem a cauda mais saliente e o plastrão (parte de baixo da carapaça) concava para encaixar na carapaça convexa da femea no acto de reprodução, esta é outra característica de todas as testudo.
Este principio de sexagem é o mesmo em praticamente todas as tartarugas terrestres.
Alimentação:
Esta espécie é exclusivamente herbívora, alimentam-se sobretudo de vegetais se bem que podemos incluir ocasionalmente frutas na sua dieta, no entanto quero referir objetivamente quais se devem de dar a estes animais e quais devemos de evitar.
Para terem uma ideia das necessidades alimentares destes animais a base da sua alimentação é a fibra e o que se deve de evitar são as proteínas.
Assim eu dou: couve, nabiça, serralha, trevo, beldroega, feijão verde, agriões, couve roxa, folhas e figos de cato de figo da índia (Opuntia Ficus), abóbora, urtigas,malva, rúcula, ramas de batata doce,pepino, curgete,pimento vermelho, folhas de videira,cenoura entre outros.
Como tenho o privilégio de viver no campo tenho acesso a vários produtos hortícolas e ervas do campo sem que os tenha de comprar, assim logo na Primavera quando elas acordam da hibernação uns dias depois quando elas já querem comer eu começo por dar o que há de disponível na terra nessa época como urtigas, malvas, rúcula, serralhas e no fim da Primavera as folhas de videira, depois no principio do Verão começo por dar folhas de cato da India com alguns produtos hortícolas que hajam na horta como o pimento, beldroega, pepino e abóbora e no fim do Verão nos canteiros de batata doce já existe muita rama pelo que também adiciono a rama que elas adoram comerem, todos os outros alimentos.
As frutas são de evitar em todas as Testudo, como podemos imaginar nas estepes (habitat onde vivem ) não existem frutos, assim os organismos destes animais não estão adaptados a comer fruta portanto caso fizesse parte da sua alimentação regular daria diarreias e problemas do trato digestivo, no entanto esporadicamente (uma vez por mês ) poderemos dar maçã e melão como complemento vitamínico.
Existem no mercado rações em forma de granulado para estas tartarugas o que torna tudo mais prático quando não temos estes tipos de vegetais em casa, porém nem de perto se compara com os vegetais que estes animais estão adaptados desde sempre a comer, assim aconselho a lhes dar legumes frescos sempre que possa, deixando a ração como complemento em situações pontuais onde não é possível fornecer , seja por não ter legumes em casa ou porque vai de férias e além dos vegetais deixa a ração que aguenta mais tempo sem perder qualidade .
Com todos os alimentos acima descritos aconselho a que sejam previamente cortados para que os animais os comam melhor, se possível coloque um recipiente raso para que seja fácil o acesso das tartarugas e coloque o alimento, advirto que os alimentos devem de ser servidos frescos e no caso de manterem os animais em terrário assim que as luzes acendem pela manhã e retirados ao fim do dia para evitar que as comidas azedem ou se estraguem pelo calor do terrário.
Por norma estes animais não bebem, os alimentos que consomem como catos e vegetais Hortícolas já têm a quantidade de água que elas precisam no entanto deve de colocar um bebedouro para que elas se banhem coloque-o afastado da fonte de calor para que se mantenha fresca para que esta não evapore, fique morna ou crie algas, quanto à comida eu também a deixe num comedouro afastado da fonte de calor ou ao Sol para que a sua qualidade não se degrade, lembre-se que tanto o comedouro como o bebedouro deve de ser relativamente rasos para que as tartarugas tenham acesso a ele, o ideal será enterra-lo abaixo da superfície por norma que os rebordos fiquem ao nível do solo, como taças pode usar aqueles pratos de vaso, os ideais serão em barro pois os de plástico degradam com a luz solar e sendo mais leves podem ser retirados da sua posição original.
Pese a sua tartaruga, esta é a melhor forma de acompanhar com certezas que ela está a desenvolver-se corretamente, pode pesa-la todos os meses assim como no inicio da Primavera, no pico do Verão e por fim no inicio do Outono quando estão a preparar-se para a hibernação, com estas 3 pesagens ficamos com a noção das oscilações de peso ao longo do Ano e do quanto esse animal ganhou em relação ao Ano anterior, registe tudo por escrito para cada individuo por forma a ter todos os dados acessíveis.
ILUMINAÇÃO/ CALOR
Tão importante como o aquecimento é a radiação; as tartarugas assim como todos os répteis uns mais que outros precisam de radiação UVA e UVB para melhor absorverem o cálcio para os seus ossos e carapaça, a iluminação com factor UVA e UVB é imprescindível pois estimula a tartaruga a produzir a vitamina D3 que ajuda na absorção do cálcio e outros minerais além de assegurar um crescimento saudável do animal e estimula a tartaruga a ter o seu desenvolvimento e comportamento reprodutivo normal.
Não existe melhor luz que a do Sol , na verdade em adulta uma tartaruga desta espécie ficará seriamente comprometida e infeliz se não gozar de uma temporada no exterior apanhando sol, só em jovens até aos 2 anos é que recomendo que estes animais se mantenham em casa com lâmpadas de aquecimento mas sempre que o tempo esteja bom devem de estar no exterior, portanto em jovens so devem de pasar os meses do Inverno em casa.
A ausência da iluminação solar a tartaruga pode muito bem desenvolver anomalias de crescimento, carapaça mole, piramidismo e acabar por morrer por distúrbios metabólicos (D.O.M.) conhecida por doença óssea metabólica, daí a grande importância na qualidade da iluminação.
Outro fator é a temperatura, estas espécies vivem em zonas do mundo onde os Invernos são rigorosos e os Verões muito quentes portanto tem a capacidade tanto de hibernar no Inverno como de estivar no Verão, apesar de em adultas qualquer uma destas 4 especies ser muito resistente, em jovens não convêm que apanhem correntes de ar frias quando têm aquecimento no terrário.
Além da iluminação artificial produzir calor tem de emitir raios UVA e UVB , estes animais não devem de receber o calor vindo do chão como por tapetes térmicos ou serpentinas, o calor deve de vir de cima como na luz solar e não do chão aquecendo o plastrão (base da carapaça) desta forma os animais desenvolvem problemas respiratórios como a pneumonia que irão causar-lhes uma morte lenta devido ao incorreto aquecimento da carapaça.
A iluminação deve de ser colocada num programador de tomada, assim ligando a lâmpada UV/ UVB e a lâmpada de aquecimento nessa tomada e programa-la para ligar ao inicio do dia 8H da manhã e desligar por volta das 21h por exemplo, convêm reduzir o tempo de luz no Inverno ajustando simplesmente ao nosso nascer e por do sol com uma margem de 30m.
Como já referi, não recomendo de todo que se mantenham tartarugas terrestres em terrários interiores, por melhor que seja a iluminação nunca chegará perto da qualidade da Luz do Sol, a maior parte dos problemas que estes animais têm devem-se à iluminação artificial e ao stresse gerado por falta de espaço dos terrários interiores.
Assim apenas recomendo terrários interiores para tartarugas com menos de dois anos já que são vulneráveis aos picos de calor e frio, depois dos dois Anos qualquer testudo deve de viver no exterior o ano inteiro e hibernar ao ritmo natural, tal como as selvagens fazem há milhões de anos.
Sou testemunho de uma tartaruga A. Horsfieldii que adquiri doente de uma pessoa que desistira dela , tinha-a em terrario interior todos os ano e tinha apanhado peneumonia e parecia já não ter salvação, sem qualquer medicação deixei o animal a viver no exterior e 2 meses depois ela voltou a comer e voltou ao normal, o ar livre e o Sol fizeram o eu trabalho e com um ambiente tão favorável o animal recuperou contra todas as espectativas, portanto posso dizer que é imprescindivel manter estes animais em adultos todo o ano no exterior.
Em baixo uma foto das minhas tartarugas a comer rama de batata doce.
Tão importante como o aquecimento é a radiação; as tartarugas assim como todos os répteis uns mais que outros precisam de radiação UVA e UVB para melhor absorverem o cálcio para os seus ossos e carapaça, a iluminação com factor UVA e UVB é imprescindível pois estimula a tartaruga a produzir a vitamina D3 que ajuda na absorção do cálcio e outros minerais além de assegurar um crescimento saudável do animal e estimula a tartaruga a ter o seu desenvolvimento e comportamento reprodutivo normal.
Não existe melhor luz que a do Sol , na verdade em adulta uma tartaruga desta espécie ficará seriamente comprometida e infeliz se não gozar de uma temporada no exterior apanhando sol, só em jovens até aos 2 anos é que recomendo que estes animais se mantenham em casa com lâmpadas de aquecimento mas sempre que o tempo esteja bom devem de estar no exterior, portanto em jovens so devem de pasar os meses do Inverno em casa.
A ausência da iluminação solar a tartaruga pode muito bem desenvolver anomalias de crescimento, carapaça mole, piramidismo e acabar por morrer por distúrbios metabólicos (D.O.M.) conhecida por doença óssea metabólica, daí a grande importância na qualidade da iluminação.
Outro fator é a temperatura, estas espécies vivem em zonas do mundo onde os Invernos são rigorosos e os Verões muito quentes portanto tem a capacidade tanto de hibernar no Inverno como de estivar no Verão, apesar de em adultas qualquer uma destas 4 especies ser muito resistente, em jovens não convêm que apanhem correntes de ar frias quando têm aquecimento no terrário.
Além da iluminação artificial produzir calor tem de emitir raios UVA e UVB , estes animais não devem de receber o calor vindo do chão como por tapetes térmicos ou serpentinas, o calor deve de vir de cima como na luz solar e não do chão aquecendo o plastrão (base da carapaça) desta forma os animais desenvolvem problemas respiratórios como a pneumonia que irão causar-lhes uma morte lenta devido ao incorreto aquecimento da carapaça.
A iluminação deve de ser colocada num programador de tomada, assim ligando a lâmpada UV/ UVB e a lâmpada de aquecimento nessa tomada e programa-la para ligar ao inicio do dia 8H da manhã e desligar por volta das 21h por exemplo, convêm reduzir o tempo de luz no Inverno ajustando simplesmente ao nosso nascer e por do sol com uma margem de 30m.
Como já referi, não recomendo de todo que se mantenham tartarugas terrestres em terrários interiores, por melhor que seja a iluminação nunca chegará perto da qualidade da Luz do Sol, a maior parte dos problemas que estes animais têm devem-se à iluminação artificial e ao stresse gerado por falta de espaço dos terrários interiores.
Assim apenas recomendo terrários interiores para tartarugas com menos de dois anos já que são vulneráveis aos picos de calor e frio, depois dos dois Anos qualquer testudo deve de viver no exterior o ano inteiro e hibernar ao ritmo natural, tal como as selvagens fazem há milhões de anos.
Sou testemunho de uma tartaruga A. Horsfieldii que adquiri doente de uma pessoa que desistira dela , tinha-a em terrario interior todos os ano e tinha apanhado peneumonia e parecia já não ter salvação, sem qualquer medicação deixei o animal a viver no exterior e 2 meses depois ela voltou a comer e voltou ao normal, o ar livre e o Sol fizeram o eu trabalho e com um ambiente tão favorável o animal recuperou contra todas as espectativas, portanto posso dizer que é imprescindivel manter estes animais em adultos todo o ano no exterior.
Em baixo uma foto das minhas tartarugas a comer rama de batata doce.
HIBERNAÇÃO:
Caso tenha as tartarugas todos o ano em casa num terrário não necessita de as colocar a hibernar podendo ficar em terrário o ano inteiro, sendo certo que isso além de não ser saudável para a tartaruga encurta bastante o seu tempo de vida.
Esta espécie de tartaruga terrestre tem um ciclo natural mantido nos seus genes há milhões de anos em que hiberna no Inverno e é activa na Primavera e no Verão, se tem hipóteses de ter estes animais no Jardim o ano inteiro, como referi é o melhor, é necessário que elas venham a hibernar não só por ser uma necessidade fisiológica mas também para seu bem estar e ciclo reprodutivo, no entanto se detecta que uma tartaruga está doente esta não deve de ser colocada a hibernar devendo então de permanecer em terrário interior nos meses frios.
Quando se retira a tartaruga do exterior para hibernação há que ter certos cuidados para simular a sua hibernação na Natureza, a primeira é de estar certo que o animal não coma nada na ultima semana, caso a tartaruga tenha algum alimento nos intestinos a digestão com as baixas temperaturas iria parar levando o animal à morte, no entanto elas mesmo sentem que já está demasiado frio para ingerir vegetais e no Outono mesmo que coloquemos verdura elas já não a comem.
Apesar de no exterior também ser uma hipótese viável para a hibernação com sucesso pois eu acidentalmente já deixei uma testudo enterrada exterior durante um Inverno e na Primavera seguinte ela emergiu sem problemas, no entanto convém retirar os animais do exterior para uma melhor monitorização, em cima a foto mostra como devemos de manter as tartarugas em hibernação com uma caixa plástica com tampa em rede metálica, ao lado as tartarugas semi-enterradas na areia húmida mas não molhada.
No Outono quando as temperaturas começam a descer, em meados de Novembro depois do chamado "Verão de São Martinho" as tartarugas devido às descidas das temperaturas e aos dias cada vez com menos horas de luz começam a ficar menos ativas e a deixar de comer, nessa altura apanhe cada uma delas e faça a sua pesagem registando o peso de cada uma delas nessa data, depois coloque os animais numa caixa ou mais caixas de arrumação de plástico com a tampa com rede, a caixa deve ter pelo menos 60 cm de comprimento por 30 cm de largura e pelo menos 20 cm de altura isto para 4 tartarugas para que não se stressem umas às outras por falta de espaço durante a hibernação, no fundo coloca-se uma camada de turfa ou terra de vaso com pelo menos 15cm de espessura, esta turfa ou areia deve de estar húmida mas não molhada caso contrário as tartarugas ficariam com dermatoses devido ao excesso de humidade na pele, a falta de água pode causar a morte por desidratação, nas fotos vê-se qual é o ponto de equilíbrio, areia húmida mas não molhada.
Assim que os animais estiverem na caixa cada uma ao seu ritmo lento vai começando a enterrar-se, coloque essa caixa ou caixas num local com temperaturas baixas constantes e com pouca luz natural um armazém, garagem, cave ou sótão escuro e sem aquecimento com temperaturas entre os 4 aos 15 graus no máximo, durante o período de hibernação não devem de haver oscilações de temperatura,caso as temperaturas subam os animais acordam da hibernação, assim as temperaturas devem de ser constantes assim como seria se estivessem enterradas no solo lá fora pois por mais quente ou frio que faça a cerca de 15cm de profundidade as temperaturas não têm grandes alterações.
Se possível deixe um termómetro dentro da caixa para ir controlando melhor, caso as temperaturas passem dos 15 graus elas não conseguem hibernar e ficam ativas na caixa stressando (fotos em cima).
Durante os meses de Novembro (miados),Dezembro, Janeiro, Fevereiro e Março elas irão permanecer praticamente imóveis e poucos cuidados inspiram além de um borrifar de 20 em 20 dias caso a terra comece a ficar demasiado seca.
A meados de Março ou princípios de Abril, conforme o ano, as temperaturas diurnas no exterior começam a rondar os 20 graus essa é a altura de retirar a as tartarugas da hibernação e colocar a caixa no exterior ao Sol, o calor do Sol só por si vai fazê-las despertar e elas começam a emergir à superfície (foto em baixo).
Depois sacuda a terra dos seus corpos e volte a pesa-las e veja se alguma delas perdeu mais de 5% do seu peso caso alguma tenha perdido esse animal está desidratado e inspira cuidados no entanto estes casos são raros e caso aconteça não é preocupante pois após a hibernação quando voltarem a comer rapidamente recuperam esse valor em falta.
Antes de colocar as tartarugas de volta no exterior coloque-as numa bacia com água com dois c.m de profundidade para que hidratem a pele e bebam a água do fundo caso tenham sede, minutos depois coloque-as no terrário exterior ao Sol.
Nos primeiros dias elas não vão comer ficando pouco ativas apenas apanhando banhos de Sol até porque as temperaturas Primaveris são instáveis e poderá chover nos dias seguintes a esse dia de Sol que as acordou, caso chova não se preocupe pois elas podem apanhar chuva por uns dias no seu estado Natural nesta época também chove.
Por norma uma semana depois caso o tempo se mantenha bom elas já vão aceitando alimentos e começando a comer cada vez mais à medida que os dias vão ficando maiores e as temperaturas sobem voltando assim ao seu ciclo vital.
Antes de colocar as tartarugas de volta no exterior coloque-as numa bacia com água com dois c.m de profundidade para que hidratem a pele e bebam a água do fundo caso tenham sede, minutos depois coloque-as no terrário exterior ao Sol.
Nos primeiros dias elas não vão comer ficando pouco ativas apenas apanhando banhos de Sol até porque as temperaturas Primaveris são instáveis e poderá chover nos dias seguintes a esse dia de Sol que as acordou, caso chova não se preocupe pois elas podem apanhar chuva por uns dias no seu estado Natural nesta época também chove.
Por norma uma semana depois caso o tempo se mantenha bom elas já vão aceitando alimentos e começando a comer cada vez mais à medida que os dias vão ficando maiores e as temperaturas sobem voltando assim ao seu ciclo vital.
TARTARUGAS NO EXTERIOR:
Quando comecei com estes animais coloquei-os em terrário interior mas logo vi que poderia mantê-las com muito melhor qualidade de vida no exterior além da poupança de energia elétrica e espaço em casa, na verdade não existe melhor sitio para colocar esta espécie de tartaruga que no exterior, não é difícil entender já que é onde estes animais vivem há milhões de anos.
Em cima uma foto onde tenho 3 das 4 espécies que tenho e onde posso estar com elas sentado, desfrutando do seu bem-estar!
Estas espécies no seu estado Natural estão adaptadas a um calor mais intenso que o nosso clima Português no caso das A. Horsfieldii vivem num clima bem mais rigoroso que o do nosso País no Verão (cerca de 47 graus positivos) e a Inverno com temperaturas ainda mais baixas que as do nosso Inverno (cerca de 15 graus negativos) assim aceitam prontamente o nosso clima desde que as coloquemos no exterior na Primavera e no Verão mas esta medida deve de ser acompanhada nos primeiros dias caso tenham vindo de terrário interior.
A escolha do local para a construção do terrário exterior deve de ser num local que apanhe a luz do sol a maior parte do dia.
As tartarugas devem de ser alojadas num espaço maior possível, para um casal adulto convinha um espaço com pelo menos de 2 metros X 2 metros, a cerca deve de ter pelo menos 40cm de altura por forma a que as tartarugas não saiam mas também para impossibilitar a entrada de pequenos ratos e outros predadores, se usar uma cerca em estacas de bordadura, como as que vêm nas fotos que tenham pelo menos 40cm de altura pois estes animais podem subir para cima uns dos outros para poderem trepar, ainda assim verifique bem possíveis pontos de fuga e não coloque pedras ou arbustos junto aos muros, antes de as colocar verifique todos os pormenores e depois de as colocar acompanhe por uns dias se é seguro deixa-las sem que fujam.
Outro ponto não menos importante é a decoração similar à do terrário mas aqui convém que seja criado um local de sombra para que elas descansem num local fresco, não tenha espaços amplos e vazios sem decoração ou abrigos, isso faz um ambiente desconfortável para os animais que não gostam de espaços muito abertos, no entanto deve de deixar espaço para que se banhem ao Sol durante todo o dia, o seja que existam sempre pontos que estejam expostos ao Sol durante todo o dia.
Para as sombras use casotas em madeira, metades de cortiça ou um telheiro desde que esteja bem fixo e ofereça sombra permanente é o mais importante; sem um ponto de sombra permanente poderia matar os animais nas horas de calor no Verão pois até em estado natural elas se abrigam debaixo de arbustos ou cavam tocas quando as temperaturas sobem muito.
Outra forma de ter sombra constante para os animais é colocar plantas naturais, além de tornarem o ambiente mais natural e proporcionarem sombra também podem servir de alimento, para estas tartarugas além das plantas suculentas tenho usado também com muito sucesso plantas aromáticas do campo que além de serem um recurso alimentar são muito resistentes podendo viver em solos pobres e com pouca água, entre muitas espécies à escolha sugiro o alecrim, o orégão, o poejo, o rosmaninho, o tomilho (apesar de ser frágil), algumas destas plantas crescem como arbustos e acabam por dar sombra sem que as tartarugas as destruam, é aconselhável que se compre estas espécies a partir dos 50cm, assim as tartarugas irão comer apenas as folhas que lhes estão acessíveis não destruindo por completo a planta, na hora da compra das plantas assegure-se com o vendedor que as plantas não crescem mais de um metro de altura, não são tóxicas nem têm espinhos.
No solo antes de colocarmos a areia de superfície deve de ser posta no fundo uma malha de rede plástica ou melhor uma rede metálica impedindo assim a entrada de roedores escavadores e assegurando também que as tartarugas não consigam escavar por baixo das cercas e portanto fugir, a rede deve de ser pregada ao chão com grampos de arame ao longo de toda a superfície do terrário exterior para que não deixe nenhum espaço para que as tartarugas possam escavar para fugir.
Depois por cima coloque o substrato com uma camada de pelo menos 15cm de areia de praia ou de dunas, certifique-se que essa areia não contem vidros ou outros materiais cortantes assim como está isenta de químicos, quanto às plantas use os tais arbustos, nada de plantas de plástico ou outros elementos que sejam tóxicos pois as testudo mordiscam tudo!
Como já referi, arbustos como o rosmaninho ou o alecrim não precisam de cuidados e são uma boa opção, use também suculentas como o Aloé Vera que além de ornamentais são comestíveis, caso use pedras ou troncos certifique-se que estes não são fáceis de trepar para que as tartarugas não os trepem e caiam de barriga para cima podendo leva-las à morte num dia de calor extremo.
Em baixo deixo um desenho que explica como deve de ser feito um terrário ao ar livre para estes animais, caso tenha gatos ou cães no jardim deve de colocar rede por cima, ou uma cerca mais alta com cerca de 80cm.
Reprodução:
Quando as fêmeas têm pelo menos 13 cm e os machos 10 já é possível fazer reprodução da espécie se bem que há casos em que os animais só começam a criar mais tarde. No inicio da Primavera os machos começam a perseguir as fêmeas mordiscando as patas da frente e dando encontrões nas suas carapaças, pouco tempo depois começam por colocar-se em cima das fêmeas e a tentar copular, nessa altura emitem um guincho similar a de um pássaro, cerca de dois meses depois as fêmeas colocam de um a quaro ovos que devem de ser encubados a uma temperatura de 27 a 32 graus, as pequenas tartarugas nascem por meados de Setembro e nesse ano não convém coloca-las a hibernar, coloque-as num terrário com lâmpada de aquecimento e UVB, os cuidados são similares aos dos adultos e na primavera seguinte podem juntar-se aos pais no exterior, em baixo uma foto de um ovo de testudo ao lado da fémea que o colocou.
Para acabar quero referir que estas 4 espécies de tartarugas são ideais para iniciados em herpecultura, como foi referido não são tão exigentes como as outras espécies e se tratadas como aqui referi não irão ter problemas com o seu mantimento e serão compensados com animais alegres e saudáveis embelezando qualquer jardim por pelo menos 70 anos, um legado que nos acompanhará durante a nossa vida... pelo menos!
Cláudio Godinho
Assuntos Legais:
Por se tratarem de espécies em perigo de extinção, quando comprar uma estas espécies peça sempre declaração de cedência para registar o animal no ICNF, evite comprar animais que não sejam de criadores certificados ou sem documentos, a sua proveniência pode não ser digna ou legal, quando a sua tartaruga já está grande o suficiente vá com ela ao seu veterinário para a chipar, é obrigatório por lei.
Por se tratarem de espécies em perigo de extinção, quando comprar uma estas espécies peça sempre declaração de cedência para registar o animal no ICNF, evite comprar animais que não sejam de criadores certificados ou sem documentos, a sua proveniência pode não ser digna ou legal, quando a sua tartaruga já está grande o suficiente vá com ela ao seu veterinário para a chipar, é obrigatório por lei.